lunes, 16 de febrero de 2015

ALEX SIMÕES [14.906] Poeta de Brasil


Alex  Simões

Brasil. Nacido 28 de Junio 1973
Poeta, escritor, profesor, traductor de poesía, intérprete y ciberartivista . Es el autor de "Catados Cuarenta y Un Sonetos " y zine "(HAI) céufies". Tiene poemas publicados en diversas revistas literarias como "La poesía siempre" y los "Palmares" de la revista (de próxima publicación) y participa en algunas antologías, como el de la colección Poesía Ogun Tonos negros y "Escribir las Paredes Down" (EE.UU., en prensa). También promueve talleres de poesía, actuaciones y hace intervenciones urbanas, produce eventos literarios y culturales. Se encuentra actualmente en el proceso de edición de su libro "toobitornottoobit", mientras que se traduce "entonces Daniela" (por Ignacio Uranga), co-edición con edición Ederval Fernandes de la Oficina de la revista Bahía Literatura. Ya está escribiendo el tercer y cuarto libros, y pensando en el quinto. Mantiene el blog toobitornottoobit.blogspot.com.br. 
Foto de Lissandra Pereira.




Cierra los ojos para la poesía 

Cierra los ojos para la poesía 
Ponla en las copas de vino 
vierte a lo largo del camino 
el poema nuestro de cada día

por ironía dale la vuelta al dolor
imprime la belleza en pergamino 
denuncia todo el dolor de estar solo 
 cuenta también todo el gozo

Permaneced de rodillas para la poesía 
y pregunta sin pudor al firmamento 
No es que es que este vacío este momento

Busca en la palabra armonía 
pero no te dejes, que a la vida se le olvida
ni que las polillas se te suban a la cabeza

Alex Simões, traducido por Marta Quiñonez
http://toobitornottoobit.blogspot.com.es/





Fechai os Olhos para a Poesia

fechai os olhos para a Poesia,
colocai-a em cálices de vinho,
derramai ao longo do caminho
o poema nosso de cada dia.

afastai vossa dor da ironia,
imprimi a beleza em pergaminhos,
deletai toda a dor de ser sozinho
mas também relatai toda alegria.

ficai de joelhos para a Poesia
e pedi, sem pudor, ao firmamento
que não vos seja vão cada momento

de busca, na palavra, da harmonia.
mas não deixeis que a vida vos esqueça,
nem que as traças vos subam às cabeças.




Desatino (duas leituras)

Como si no bastara tu locura,
las manos dilacerando mis partes,
boca chupando boca, ese arte
que permite jodernos con dulzura

Porque también en el gozo hay tesitura.
y sombra y luz y aroma y desatino
del tiempo y la falta de él, lo femenino
y lo masculino, el encuentro y la búsqueda.

Sin embargo, somos clandestinos, nuestro amor
es de aquellos que huyen al rigor
de los días tormentosos y de luto.

He aquí la cena excitante para los canallas:
Nuestro amor, un banquete para los putos,
una ofrenda para exus y ángeles.

Traducido por, Ángela Hernández




Todo poeta

para Kátia Borges e Marcus Vinícius Rodrigues

Todo poeta é experimental
Ou não é poeta
É pagador de hipoteca
É arremedo de pateta
É batedor de punheta
É artistinha de proveta
É obcecado por buceta
Seja a sua seja a alheia
Ou dador comedor de cu
Todo poeta anda nu
Pra provar que em sendo nu
Todo poeta e toda poeta é
Transgênero por vocação
Híbrido por definição
Todo poeta é ladrão
Nem sabe o que é palavrão
E fala cu & xoxota pra caralho
Renovando as  listas do diário
Dos  vícios em ordem de predileção
Ou, senão, não tem o que pôr na mesa
Ou o poeta é fundado na incerteza
Ou já não sei o que é poeta, não.




mendiga trans

apesar de tudo,
sorria muito
e até cantava.

desde que lhe furaram um olho
numa noite em que dormia
sonhando que dublava Maria Callas,
sorri menos.

mas deu a volta por cima:

casou com outro mendigo,
mais jovem e bonito,
e  vivem no Campo Grande,
um cuidando do outro.

para comemorar as bodas de papelão,
deu luzes no cabelo
e arrasou.





se Ocidente, rapaz


(para uirá e gilberto gil)

"Podemos
(não importa
que o império do medo)..."
(Carlos Anísio Melhor - colagem. In: ___Canto Agônico)


se podemos sorrir, e se mais livres
nós estamos, não sei, porque ruindo
o palácio e a festa, a gente vive
menos feliz, nossos irmãos caindo,

se do leste ou do oeste, ainda irmãos,
caindo como bombas, kamikases
(in)voluntários, bombas que em vão
vão caindo e anunciando a nova fase:

nossa história tão digna e tão rica (?)
não acabou ainda, virão mais
novas formas de dizer que quem fica

tem de ser mais forte, mais rico, mais
claro, mais seco, mais primeiro mundo:
se Oriente, tem petróleo, no fundo.

Salvador, 20 de Setembro de 2001






2 comentarios:

  1. Hola! Muchas gracias por publicar mis poemas con la mnota biográfica además de divulgar mi blog. Tengo solamente dós pedidos de ajuste: 1) hé nacido en 28 de junio de 1973 y 2) el poema "A meio da noite" no és mio, tampoco lo conocia. les pido que hagan los ajustes y los felicito y agradezco por el proyecto,

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