martes, 2 de septiembre de 2014

EMERSON TEIXEIRA CARDOSO [13.148]


Emerson Teixeira Cardozo 

Nacido en Cataguases (BRASIL), donde es profesor de portugués, y la literatura Inglés. Autor de símiles (poesía, 2002) y co-autor de La casa Ensign Street y otra crónica (Ed. Cataletras, 2006), fue uno de los creadores y editores de la revista Blue Train y traducidos El regreso del nativo, el inglés Thomas Hardy , que espera a publicación.

Nasceu em Cataguases (BRASIL), onde é professor de português, literatura e inglês. Autor de Símiles (poesia, 2002) e co-autor de A casa da rua Alferes e outras crônicas (Ed. Cataletras, 2006), foi um dos criadores e editores da revista Trem Azul e traduziu O retorno do nativo , do inglês Thomas Hardy, do qual aguarda publicação.




DE REGRESO A LA CASA PATERNA

Esta sentencia tiene un gusto a epígrafe
y sirve tan bien a mi estado del alma.

Mi reloj paró con las agujas andando...

De repente la vida no sigue...
¿pararan todos los relojes?

Es esto:
Hoy no estoy aquí:
Ayer sí, estuve allá.

Traducción: Ronaldo Cagiano




De volta à casa paterna

Esta sentença tem um gosto de epígrafe
e serve tão bem ao meu estado d’alma...

O meu relógio parou com os ponteiros andando...

De repente a vida não segue...
pararam todos os relógios?


É isto:
Hoje não estou aqui:
Ontem sim, estive lá.





SÍMILES

La clausura de las palabras en su estado diccionario,
la soledad de los cementerios cuando no hay entierros,
el silencio de las iglesias y monasterios,
la desolación de las calles cuando hace frio y es noche,
el sueño del trabajador que descansa de lo que hace...

Todo evoca la paz del servicio público detrás del expediente,
el silencio completo de sus salas con aire acondicionado apagado.

Traducción: Ronaldo Cagiano




Símiles

A clausura das palavras em seu estado dicionário, 
a solidão dos cemitérios quando não há enterros, 
o silêncio das igrejas e monastérios, 
a desolação das ruas quando faz frio e é noite, 
o sono do trabalhador que descansa do que faz... 

Tudo lembra a paz do serviço público após o expediente, 
o silêncio completo de suas salas com ar-condicionado desligado.






Desorientación

No me hables más del post-moderno.
No quiero saber si hay ligazón
entre una microcomputadora
y un sex shop.
Ahora, deja haber.
Si la masa consumista es melancólica
(supuesto que fascinada),
deja ser.
Así, usted acaba por dejarme más nihilista
y, no obstante mal puede preguntar: 
¿hay además alguna novedad en el aire,
más allá de esta hojita que aprendió surfear?
No escuche a los filósofos,
usted es muy sensible.

Traducción: Ronaldo Cagiano




Desorientação

Não me fale mais no pós-moderno. 
Não quero saber se há ligação 
entre um microcomputador 
e um sex shop. 
Ora, deixe haver. 
Se a massa consumista é melancólica 
(posto que fascinada), 
deixe ser. 
Assim, você acaba por me deixar mais niilista 
e, ainda que mal possa perguntar: 
há mais alguma novidade no ar, 
além desta folhinha que aprendeu a surfar? 
Não ligue para os filósofos, 
você é muito sensível.





WILDIANA

Não quero ver no teu rosto a cor do desprezo, 
Uma expressão de maldade onde havia alegria. 
Tu não suportarás a idéia de ter uma alma feia, 
nem serias completamente feliz... 
Ó, Doriana de olhar gris, este é o bem que 
[eu sempre te quis. 





MEU REINO POR UM CAVALO...

...alado: 
a vida inteira só fiz 
castelos no ar. 




TERMODINÂMICA

Nada vem de baixo. 
Só teu hálito (lavas). 

Nada embaixo treme. 
Só teu corpo (termas) 

Nada mais sustentas sobre tuas pernas, 
só meu corpo e meu karma 
nessa escala Kelvin





E TUDO O QUE HÁ ME FAZ ENGANAR

Como na argamassa o tijolo, equilibrista,
a folha que cai na massa de ar
falso surfista...

Se me abro, paredes.
Se me fecho, janelas.




ESTÂNCIA Nº. 1

Bastou a indecisão de uma vírgula
para que se perdesse o elo entre as palavras
e aí, por séculos e séculos
só se ouviu o tique taque nervoso do meu relógio




O GRANDE HOTEL

Esse Grande Hotel dos Viajantes
em outros tempos viu dias melhores.
Tinha janelas de vidro, porteiro de suíças
como o San Mareno da América
e o menu era em francês

Para onde foram levados seus tapetes vermelhos e caros ?
(o gerente vestia um príncipe Alberto)

a sua chaise longue.

Eu que nunca estive ali posso imaginar
que seu vasto salão de festas abrigava um violoncelo
e um velho piano de cauda para distrair os hospedes.

Que gosto clássico nos seus móveis de pinho de riga!
Suas linhas arrojadas eram um cartão postal.
Nada direi de sua cozinha fina que tinha uma carta de vinhos,
nem dos notáveis candelabros , sua clientela elegante e culta.

Mas a enorme fachada invocava valsas de Strauss e carruagens.

Esse Grande Hotel já foi tão belo...
mas uma fada má que se hospedou ali numa noite feia
pra seu esporte o transformou num monturo.

(De Símiles )



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